11 outubro 2013

Carpe diem



Sabe aqueles momentos que de repente ficamos pensativos, para baixo, como se naquele instante a vida tivesse ficado imóvel e sem cor? Pois então, foi em um desses momentos que eu peguei meu celular e comecei a reler mensagens antigas. Em algumas delas, vi escrito teu nome no lugar de destinatário, por curiosidade, cliquei. Após lê-las, bateu uma saudade, uma vontade de que as coisas entre nós fosse como antes. Há um pouco mais de um ano, ou até mesmo alguns meses atrás, tudo estava certo, você falava suas babaquices e eu ria. Ou então eu te perturbava o dia inteiro com histórias sem sentido, incomodando você a jogar os teus jogos. Eu sempre desejei ter amigos homens, pois o sexo masculino me parece interessante no quesito amizade. E te ter me fazendo sorrir todos os dias, era a minha oportunidade de ter alguém para eu chamar de "melhor amigo". Porém, apesar do nascimento de um sentimento enorme na relação amistosa que criamos, eu desconfiava se a minha amizade tinha o mesmo valor que a sua tinha para mim. E eu não estava errada em desconfiar. De certa forma, eu já estava preparada para vivenciar a sua ausência depois de tantos dias, meses consecutivos nos falando. Talvez não seja tão culpa sua, sei o quanto é difícil para você criar laços com pessoas "novas" em sua vida. Mas até que eu não era tão caloura assim, lembra de 2010? Aé, já ia me esquecendo, a gente começou mesmo a conversar foi em 2011! Mas 2012? Será que todas aquelas conversas não significaram nada para você? Parece que não, afinal, lembro-me como se fosse ontem, já em 2013, a gente dentro do carro relembrando algumas coisas, quer dizer, eu, já que você disse que não se lembrava de quase nada do que falávamos. Tudo bem, por um lado é até aceitável, pois até a ciência já provou que os homens têm dificuldade para escutar e lembrar as coisas; mas custava fazer um esforço? Ok, não estou aqui para te cobrar. Aliás, embora eu esteja escrevendo esse desabafo em segunda pessoa do singular, a pessoa para qual eu "escrevi", não lerá, supocarpe diemnho. Encerro minhas palavras com a frase mais corriqueira na hora que estamos aconselhando alguém: "A vida é assim mesmo." ou melhor: " As pessoas são assim mesmo". É, elas são assim, algumas compram moradia em nossos corações, outras, só reservam um espaço para férias, logo, se vão deixando apenas rastros de nostalgia.



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